“Água Ardente”, a instalação fílmica comissariada à Cooperativa Cultural Laia para a Biblioteca Popular de Pedro Ivo, inaugura no sábado, 18 de dezembro, às 17 horas. Partindo de um convite do Departamento de Cinema e Imagem em Movimento da Ágora a Laetitia Morais, Mónica Baptista e Sofia Arriscado, o filme, aprestado em três canais/projeções, explora detalhes sociais, urbanísticos e históricos da Praça do Marquês e também memórias da própria biblioteca.
A identidade da Praça do Marquês – antigamente conhecida como “Largo de Agoa Ardente”, devido ao mercado que se realizava no local onde a bebida espirituosa era comercializada – serviu de premissa para o projeto e para o convite feito às artistas.
Segundo a Cooperativa Cultural Laia, esta ideia de transformação, que abarca as próprias mudanças da praça, é amplamente explorada no filme, a partir de visões deambulatórias.
A bebida serviu ainda como elo de ligação entre as artistas e pessoas que frequentam habitualmente a Praça do Marquês, proporcionando a partilha de memórias do local: “Conhecemos, no processo de criação da obra, várias pessoas que vivem diariamente a praça (até bebemos aguardente com elas) e esses momentos também estão presentes na vídeo-instalação”, explicam.
O projeto pretende não só ocupar o espaço da biblioteca, mas também relacionar-se com o dia-a-dia da Praça do Marquês, e, por isso, o filme poderá ser visto tanto no interior da biblioteca como no exterior, funcionando como um convite a quem por ali passa.
A instalação “Água Ardente” poderá ser visitada gratuitamente todos os dias até 30 de janeiro, entre as 16 e as 22 horas (exceto a 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro 2022).